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miércoles, 6 de julio de 2016

Rondônia: o sucesso de horticultores que apostaram na Hidroponia

Cultivar em pequenas áreas, utilizar baixa quantidade de defensivos agrícolas, ter menor risco de pragas na produção, colher vegetais limpos durante o ano inteiro e manter o uso racional de água. Esses são alguns benefícios que os produtores de Rondônia descobrem cada vez mais no pacote completo da produção sustentável de hortaliças: a Hidroponia.

Por ser um sistema que dispensa o uso do solo, a Hidroponia é uma técnica que vem se consolidando como excelente opção para pequenos investidores do campo e até da cidade. A alta produtividade gerada com o uso da tecnologia garante a oferta de belos pés de alface, rúcula, couve, agrião, espinafre, salsinha e outros artigos do gênero nas gôndolas dos mercados.

Além de sustentável, a prática é econômica. Apesar de necessitar maior investimento na implantação, o sistema hidropônico exige menor utilização de mão de obra e exclui os custos com gradagens e combate a pragas e ervas daninhas. Como independe de terra, as áreas de produção podem ser estabelecidas mais perto do mercado consumidor. Insetos e microrganismos, como fungos, também costumam importunar menos nesse sistema e, por isso, é também menor a necessidade do uso de defensivos. Além do mais, a produção hidropônica reduz o impacto da emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera. O serviço na produção exige pouca força física e vem despertando a atenção da mão de obra feminina.

A técnica tem atraído inclusive empreendedores sem tradição no campo. Um contador de Ji-Paraná e um dono de sorveteria em Ouro Preto do Oeste investiram nessa opção de cultivo. Montaram um sistema hidropônico e colhem não apenas bons produtos, mas boas margens de lucro.

Em Ji-Paraná

Bem próximo à área urbana do município de Ji-Paraná está o sítio do Nilson Rodrigues dos Santos, formado em Ciências Contábeis e dono de um tradicional escritório na cidade. Inicialmente, a intenção era implantar uma horta diferenciada, livre de pragas e de fungos para consumo próprio, mas ele decidiu levar o plano adiante, para a pequena propriedade onde aplicou os conhecimentos obtidos em um curso feito anos atrás. Logo concluiu pela viabilidade comercial do empreendimento e resolveu dobrar a área plantada inicial de 600 metros quadrados.
O capricho e os cuidados com os detalhes fizeram a diferença: a produtividade de alfaces, e depois as rúculas, chegou aos 600 maços por dia, venda garantida a restaurantes, mercados, lanchonetes e pizzarias da cidade. “Eu procurei fazer da melhor maneira. Os tubos de PVC que conduzem a água são especiais. Toda a área plantada é fechada por telas e eu fiz um poço artesiano para garantir o abastecimento hídrico e nunca ter surpresas”, explica Nilson.

Em Ouro Preto do Oeste

Landoaldo Gonçaves Rocha é proprietário de uma sorveteria bem localizada em Ouro Preto do Oeste, em frente à igreja matriz. Há oito anos, encorajado pelo cunhado, decidiu montar num terreno próximo uma horta hidropônica para o pai, o seu Rosalvo, hoje com 83 anos. Munido de informações que coletou na internet e com outros amigos, partiu para a construção do canteiro com as próprias mãos e a ajuda inestimável da esposa Sueli. Ali eles cultivam seis variedades de alface, rúcula, couve, mostarda, agrião, espinafre, couve-flor, que expõem numa banca na frente da sorveteria.

Em vez de um poço artesiano, Rocha optou por construir uma grande caixa de 4.500 litros para abastecer o sistema que irriga as duas mil plantas da produção, numa área de 15 x 30 metros apenas. “Como dá pouco trabalho, a gente consegue conciliar muito bem com a sorveteria. E é lucrativo. Para cada mil reais investidos numa horta assim, a gente tira R$ 200,00 de despesa. O resto é lucro”, declara.