As vantagens do sistema semi-hidropônico estão atraindo os produtores rurais de Piedade, município que é responsável por 7% da produção de alimentos entregues à Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Embora os custos de implantação sejam mais altos, a técnica permite ampliar o período de produção e garante renda ao longo de vários meses.
O morango é uma delícia e dá um charme especial em muitas sobremesas. E a melhor época para colheita da fruta é entre os meses de agosto e dezembro. O sistema semi-hidropônico, no entanto, permite ampliar o período de produção.
As mudas são cultivadas em estufas e plantadas em sacos plásticos específicos, conhecidos como bags ou slabs. Em cada saco cabem cerca de 14 pés de morango. Outra diferença em relação ao plantio convencional, no solo, é que as plantas ficam suspensas em cavaletes, facilitando o manejo dos vegetais.
No sítio de Tieko Sasada e Yoshiteru Sasada, em Piedade, a produção de morango nesse sistema começou há cinco anos e o casal só vê vantagens no cultivo. Os produtores destacam a facilidade na colheita, já que não precisam ficar abaixando para pegar as frutas. Outro ponto favorável é a diminuição das pragas e doenças, já que as plantas não têm contato com o solo. As variedades plantadas são a Monterrey, com alta capacidade para produzir no verão, e a Albion, que tem como principal característica a excepcional qualidade de fruto, tanto por tamanho como pelo seu sabor e firmeza.
Na época da implantação, Yoshiteru diz que estudou bastante sobre semi-hidroponia e que até viajou para conhecer cultivos semelhantes. Hoje, ele tem 15 mil pés plantados e pretende cultivar mais 4 mil. O engenheiro agrônomo Bruno Matsuo informa que, nesse sistema, o agricultor consegue uma economia de 40% de água e defensivos, mas alerta que é preciso cuidado para ajustar o manejo.
José Duaceck plantava morango de forma convencional e, na entressafra, tinha que lidar com hortaliças para garantir a renda da família. Há alguns anos, ele investiu no sistema semi-hidropônico e hoje pode se dedicar exclusivamente ao morango. O agricultor conta que a implantação do sistema tem investimento elevado, cerca de R$ 15 mil por estufa, mas que a manutenção é bem mais barata e o retorno do investimento é rápido.
Os 32 mil pés do local produzem nos meses quentes cerca de 100 caixas de morango por dia. Já nos meses frios, a produção é de cerca de 60 caixas por dia. E, nesse caso, a grande vantagem é o preço na época de entressafra.
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